sábado, 18 de janeiro de 2020

17 de janeiro de 2020


Dívida deixou os EUA presos aos petrodólares… e à Arábia Saudita


Dívida deixou os EUA presos aos petrodólares… e à Arábia Saudita

Ryan McMaken via The Mises Institute
O regime iraniano e o regime da Arábia Saudita são inimigos de longa data, e ambos disputam o controle da região do Golfo Pérsico. Parte do conflito decorre de diferenças religiosas — diferenças entre grupos muçulmanos xiitas e sunitas. Mas grande parte do conflito decorre de desejos triviais de estabelecer domínio regional.
Contudo, por mais de quarenta anos a Arábia Saudita tem uma importante carta na manga em termos de sua guerra com o Irã: o apoio contínuo dos EUA ao regime saudita.
Mas por que os EUA deveriam continuar a apoiar com tanta força esse regime ditatorial? Certamente, essas relações estreitas não podem ser devido a algum apoio americano à democracia e aos direitos humanos. O regime saudita é um dos regimes mais intolerantes e antidemocrático do mundo. Sua classe dominante tem sido repetidamente conectada a grupos terroristas islâmicos, com a revista Foreign Policy no ano passado chamando a Arábia Saudita de “o coração pulsante do wahabismo — o credo religioso absolutista e rígido que ajudou a semear as cosmovisões da al-Qaeda e do Estado Islâmico.”

Sauditas por trás do petrodólar

A resposta está no fato de a Arábia Saudita estar no centro dos esforços dos EUA para manter o dólar como moeda de reserva mundial e garantir a demanda global pela dívida dos EUA. As origens desse sistema remontam a décadas.
Em 1974, o dólar americano estava em uma posição precária. Em 1971, graças aos gastos excessivos em guerras e assistencialismo interno, os EUA não conseguiram mais manter um preço global definido para o ouro, em linha com o sistema de Bretton Woods estabelecido em 1944. O valor do dólar em relação ao ouro caiu à medida que a oferta de dólares aumentou como subproduto dos crescentes gastos com déficit. Governos e investidores estrangeiros começaram a perder a fé no dólar, e tanto a Suíça quanto a França exigiram ouro em troca de dólares, conforme estipulado por Bretton Woods. No entanto, se isso continuasse, as ações em ouro dos EUA logo se esgotariam. Além disso, o dólar estava perdendo valor em relação a outras moedas. Em maio de 1971, a Alemanha deixou o sistema de Bretton Woods e o dólar caiu diante da moeda alemã.
Em resposta a esses acontecimentos, o Presidente Richard Nixon anunciou que os EUA abandonariam o sistema de Bretton Woods. O dólar começou a flutuar diante de outras moedas.
Não é de surpreender que a desvalorização do dólar não tenha restaurado a confiança no dólar. Além disso, os EUA não fizeram nenhum esforço para conter os gastos deficitários. Portanto, os EUA precisavam continuar encontrando maneiras de vender a dívida do governo sem aumentar as taxas de juros. Ou seja, os EUA precisavam de mais compradores para sua dívida. A motivação para um ajuste aumentou ainda mais depois de 1973, quando o primeiro choque com a alta do preço do petróleo agravou ainda mais a inflação de preços provocada pelo déficit que os americanos estavam enfrentando.
Mas em 1974, a enorme enxurrada de dólares dos EUA para a maior exportadora de petróleo da Arábia Saudita indicou uma solução.
Naquele ano, Nixon enviou o novo secretário do Tesouro dos EUA, William Simon, à Arábia Saudita com uma missão. Conforme relatado por Andrea Wong na Bloomberg, o objetivo era neutralizar o petróleo bruto como arma econômica [contra os EUA] e encontrar uma maneira de persuadir uma Arábia Saudita hostil a financiar o crescente déficit dos EUA com sua nova riqueza em petrodólares…
A estrutura básica era surpreendentemente simples. Os EUA comprariam petróleo da Arábia Saudita e forneceriam ajuda e equipamento militar à Arábia Saudita. Em troca, os sauditas devolveriam bilhões de sua receita de petrodólares ao Tesouro dos EUA e financiariam os gastos dos EUA.
Do ponto de vista das finanças públicas dos EUA, isso parecia ser um ganho mútuo. Os sauditas receberiam proteção contra inimigos geopolíticos e os EUA receberiam um novo local para descarregar grandes quantidades de dívida do governo. Além disso, os sauditas poderiam deixar seus dólares em investimentos relativamente seguros e confiáveis nos Estados Unidos. Isso ficou conhecido como “reciclagem de petrodólares.” Ao gastarem em petróleo, os EUA — e outros importadores de petróleo, os quais agora eram obrigados a usar dólares — estavam criando uma nova demanda pela dívida americana e dólares americanos.
Esse acordo do dólar também não se limitou à Arábia Saudita. Já que a Arábia Saudita dominava a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o acordo do dólar foi estendido à OPEP em geral, o que significava que o dólar se tornou a moeda preferida para compras de petróleo em todo o mundo.
Esse esquema garantiu o lugar do dólar como uma moeda de imensa importância mundial. Isso foi especialmente importante durante a década de 1970 e início da década de 1980. Afinal, até o início da década de 1980, a OPEP desfrutava de 50% de participação no mercado de petróleo. Entretanto, graças ao segundo choque com o aumento nos preços de petróleo, grande parte do mundo começou a buscar uma ampla variedade de maneiras de diminuir sua dependência para com o petróleo. Em meados da década de 1980, a participação da OPEP havia diminuído para menos de um terço.
Hoje, a Arábia Saudita está atrás da Rússia e dos Estados Unidos em termos de produção de petróleo. A partir de 2019, a participação da OPEP permanece em torno de 30%. Isso diminuiu o papel do petrodólar em comparação com os dias emocionantes da década de 1970. Mas a importância do petrodólar certamente não foi destruída.
Podemos ver a importância contínua do petrodólar na política externa dos EUA, a qual continuou a antagonizar e ameaçar qualquer grande país exportador de petróleo que tentasse acabar com sua dependência no dólar.
Como observado por Matthew Hatfield na revista Harvard Political Review, não é mera coincidência que a política externa americana especialmente beligerante tenha sido aplicada aos regimes iraquiano, líbio e iraniano. Hatfield escreve:
Em 2000, Saddam Hussein, então presidente do Iraque, anunciou que o Iraque estava se movendo para vender seu petróleo em euros, em vez de dólares.
Depois do atentado de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos invadiram o Iraque, depuseram Saddam Hussein e converteram as vendas de petróleo do Iraque de volta ao dólar americano.
Esse padrão exato foi repetido com Muammar Kadafi quando ele tentou criar uma moeda africana unificada, apoiada pelas reservas de ouro da Líbia, para vender petróleo africano. Logo depois que ele anunciou isso, rebeldes armados pelo governo e aliados dos EUA derrubaram o ditador e seu regime. Depois de sua morte, a ideia de que o petróleo africano fosse vendido com outra coisa que não o dólar desapareceu rapidamente.
Outros regimes que pediram para abandonar o petrodólar incluem o Irã e a Venezuela. Os EUA estão pedindo mudanças de regime nesses dois países.

Exportadores de petróleo controlam ativos dos EUA

Contudo, as ameaças podem ser apontadas em ambas as direções. No ano passado, por exemplo, a Arábia Saudita ameaçou “vender seu petróleo em outras moedas que não o dólar” se o governo dos EUA “aprovar uma lei que expõe os membros da OPEP a ações antitruste dos EUA.” Ou seja, o regime saudita sabe que tem pelo menos alguma influência com os EUA por causa da posição saudita no centro do sistema de petrodólares.
A Arábia Saudita é um dos poucos países que podem até fingir blefar diante dos EUA em questões como essas. Como ficou bastante claro pela política dos EUA nas últimas décadas, os EUA estão mais do que dispostos a invadir países estrangeiros que colidem com o sistema de petrodólares.
Entretanto, no caso da Arábia Saudita , a posição saudita como antagonista do Irã — e como o terceiro maior exportador de petróleo do mundo — significa que os EUA provavelmente evitarão conflitos desnecessários.
Além disso, é provável que as ações sauditas de dívida e outros ativos nos EUA sejam significativas. Quando os sauditas fazem ameaças, isso implicitamente também “inclui liquidar as ações da Arábia Saudita nos Estados Unidos.” Como informou a Bloomberg, a Arábia Saudita também “avisou que começaria a vender até US$ 750 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA e outros ativos se o Congresso dos EUA aprovar uma lei que permite que a Arábia Saudita seja responsabilizada nos tribunais dos EUA pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.”
Frequentemente ouvimos falar sobre como a China e o Japão compraram uma grande parte da dívida dos EUA e, portanto, mantêm alguma influência sobre os EUA por causa disso. (O problema aqui é que, se os estrangeiros se livrassem dos ativos dos EUA, eles cairiam de preço. Se a dívida dos EUA cair de preço, a dívida dos EUA vai aumentar em rendimento, o que significa que os EUA deverão pagar mais juros sobre sua dívida.) Mas há boas razões para acreditar que a Arábia Saudita também comprou grande parte da dívida dos EUA. No entanto, é difícil rastrear o tamanho dessas ações, porque o regime saudita trabalha em estreita colaboração com o governo americano para manter em segredo as compras sauditas de ativos americanos. Quando o Tesouro dos EUA informa sobre os estrangeiros que compraram a dívida dos EUA, a Arábia Saudita se une a vários outros países para ocultar a natureza exata do que os sauditas compraram. Contudo, como Wong afirma, o regime saudita é “um dos maiores credores estrangeiros dos EUA.”

O problema cresce à medida que a dívida dos EUA cresce

É claro que os EUA deveriam estar ficando menos dependentes de seus credores estrangeiros. Isso deveria ser especialmente verdadeiro com relação à dívida saudita e detida pela OPEP, já que o papel global da OPEP e dos sauditas vem diminuindo em termos de participação global.
Mas em vez disso os EUA vêm acumulando quantias cada vez maiores de dívidas nos últimos anos. Em 2019, por exemplo, o déficit anual superou um trilhão. Em uma época passada em que os EUA não gastavam tanto, esse tipo de geração de dívidas seria reservado apenas para tempos de guerra ou períodos de depressão econômica. Contudo, hoje esse imenso crescimento nos níveis de dívida torna o governo americano mais sensível às mudanças na demanda pela dívida americana, e isso tornou o governo americano cada vez mais dependente da demanda externa por dívida e dólar. Ou seja, para evitar uma crise, os EUA precisam garantir que as taxas de juros permaneçam baixas e que os estrangeiros desejem comprar dólares e dívidas dos EUA.
Se os petrodólares e a reciclagem de petrodólares desaparecerem, isso teria um efeito duplo nas finanças do governo dos EUA: um declínio considerável na reciclagem de petrodólares forçaria um aumento significativo nas taxas de juros. O resultado seria uma crise orçamentária para o governo dos EUA, por precisar dedicar quantias cada vez maiores do orçamento federal aos pagamentos da dívida. (A outra opção seria fazer com que o banco central dos EUA monetizasse a dívida comprando quantias cada vez maiores de dívida dos EUA para compensar a falta de demanda externa. Isso levaria ao aumento da inflação de preços.)
Além disso, se os participantes começassem a sair do sistema de petrodólares (e, digamos, vender petróleo em euros), a demanda por dólares cairia, agravando os cenários em que o banco central está monetizando a dívida. Isso também geralmente contribuiria para uma maior inflação de preços, já que menos dólares são sugados para fora dos EUA por estrangeiros que compraram as dívidas dos EUA.
O resultado pode ser o declínio contínuo dos gastos do governo americano em serviços e o aumento da inflação de preços. A capacidade do governo americano de financiar sua dívida diminuiria significativamente, e os EUA precisariam recuar em compromissos militares, aposentadorias e muito mais. Ou isso, ou continuar gastando na mesma proporção e enfrentar uma espiral inflacionária.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do Zero Hedge: US Debt Got Us Hooked On Petrodollars... And On Saudi Arabia

15 de dezembro de 2018


Os EUA estão cometendo suicídio com sua dívida nacional que está subindo nas alturas?


Os EUA estão cometendo suicídio com sua dívida nacional que está subindo nas alturas?

Michael Snyder
Se os EUA não mudarem de rumo, esta outrora grande nação será destruída por uma dívida que cresceu descontroladamente.
Os americanos estão enfrentando uma crise de dívida sem precedentes que literalmente ameaça acabar com os EUA, mas os políticos americanos estão quase totalmente silenciosos sobre essa questão em 2018. Aliás, os republicanos e os democratas trabalharam juntos para aprovar outro grande projeto de orçamento no Congresso que na verdade vai aumentar o ritmo em que os EUA estão se endividando.
O que os republicanocratas estão fazendo não é apenas errado. Para ser honesto, a verdade é que eles estão cometendo crimes contra a humanidade, e estão destruindo completamente o futuro brilhante que nossos filhos e netos deveriam ter. Como no mundo os EUA deveriam ser “grandes de novo” quando estão enterrados em tanta dívida que as futuras gerações nunca poderão ter qualquer esperança de se libertar dela?
O ano fiscal do governo federal vai de 1º de outubro a 30 de setembro. Durante o ano fiscal que acabou de terminar, a dívida nacional americana aumentou em US$ 1,271 trilhão.
O total da dívida federal começou o ano fiscal em US$ 20.244.900.016.053,51, de acordo com o Ministério da Fazenda dos EUA, e terminou o ano fiscal em US$ 21.516.058.183.180,23.
Essa é uma das razões pelas quais eu quis ser deputado federal no Congresso dos EUA. Nossos atuais deputados, que deveriam nos representar, estão nos deixando na mão de forma completa e total.
Era uma vez, pelo menos os membros do movimento conservador Tea Party se levantariam e diriam alguma coisa, mas hoje em dia ninguém parece se importar que o futuro dos EUA esteja sendo sistematicamente destruído. Os republicanos controlam as duas casas do Congresso, mas os problemas americanos de dívida continuam a piorar cada vez mais. E a verdade é que os orçamentos que foram aprovados desde que Donald Trump se tornou presidente são simplesmente orçamentos ligeiramente revisados de Obama. Os republicanos permitiram que os democratas fizessem o que queriam de tempos em tempos, e tem sido absolutamente repugnante de assistir.
Em oito dos últimos 11 anos fiscais, a dívida nacional dos EUA aumentou em mais de US$ 1 trilhão, e a dívida nacional dos EUA está agora registrando um recorde histórico de US$ 21,52 trilhões.
O que os EUA estão fazendo é literalmente louco, e se nós americanos quisermos que nossa nação sobreviva, precisamos mudar de rumo imediatamente.
Hoje em dia, há muita discussão sobre os ganhos políticos que os “socialistas democratas” vêm fazendo em toda a América, e os republicanos estão tentando nos assegurar de que o povo americano não quer o socialismo.
Mas sabe de uma coisa?
Os EUA já percorreram a maior parte do caminho em direção ao socialismo. Acho que Ron Paul explicou isso muito bem em seu artigo mais recente.
Nós sabemos que o socialismo não funciona. É um sistema econômico baseado no uso da força, e não na liberdade econômica de escolha. Mas enquanto muitos americanos parecem estar em pânico com os fracassos do socialismo na Venezuela, eles não parecem estar tão preocupados que aqui o presidente Trump acabou de sancionar um projeto de lei de gastos de US$ 1,3 trilhões que oferece o socialismo em uma escala que os venezuelanos não conseguiram nem mesmo imaginar. Aliás, esse gasto é três vezes o produto interno bruto da Venezuela! Senti falta de todos os americanos que protestavam contra esse socialismo de Estado de bem-estar social.
Se você é realmente contra o socialismo, você deveria estar lutando para que o governo federal seja bastante reduzido em tamanho e escopo.
Mas tão poucos americanos parecem acreditar em real governo limitado nos dias de hoje.
Seria um ótimo primeiro passo se realmente tentássemos começar a viver dentro de nossos limites. Mas se $ 1,271 trilhão de gastos do governo fossem retirados da economia nos últimos 12 meses, o resultado seria uma terrível depressão econômica. E os políticos não gostam de crises econômicas, porque, quando as coisas ficam ruins, os eleitores tendem a não votar em seus governantes. Então, eles continuam se endividando e continuam empurrando o problema com a barriga.
Mas se os EUA continuarem no caminho em que estão atualmente, a CBO diz que os Estados Unidos terão uma dívida de US$ 99 trilhões até 2048.
É claro que os EUA nunca chegarão a 99 trilhões de dólares em dívidas. Os EUA deixarão de existir muito antes de chegarem a essa marca.
Se quisermos salvar os EUA, precisamos agir agora, mas muito poucas pessoas parecem se importar com a crescente dívida americana neste momento.
E não é apenas a dívida nacional dos EUA que é o problema. A dívida dos governos estaduais e locais está em níveis recordes em todo o país, a dívida das empresas dobrou desde a última crise financeira e os consumidores dos EUA estão com dívidas de mais de US$ 13 trilhões.
Se você somar a dívida pessoal de cada americano — o que eles devem em suas hipotecas, cartões de crédito, empréstimos estudantis e muito mais — o total é inacreditável. Coletivamente, os EUA estão no vermelho em US$ 13,2 trilhões. Essa é a maior dívida de todos os tempos, segundo o Fed de Nova York.
Contudo, ninguém parece estar em pânico. Talvez seja porque não possamos compreender 13 trilhões de dólares. Imagine comprar todos times de futebol. E todos os times de basquete. E todos os times de hóquei. E todos os times de beisebol. Mas isso só soma US$ 191 bilhões.
Os EUA estão cometendo suicídio em câmera lenta, e é uma coisa absolutamente dolorosa de se ver.
É quase como se nos faltasse a vontade de sobreviver como nação. Tudo o que parece que nos importa é o nosso nível de conforto neste momento, e não queremos que ninguém nos diga que temos de reduzir custos em nada. Acho que Chris Martenson resumiu as coisas muito bem em seu artigo mais recente…
 “Nada cresce para sempre. O câncer tenta, mas sempre se derrota no processo. O fermento faz a festa até que todo o açúcar no barril se vá ou corrompa-se até desaparecer de uma existência ativa.
Os seres humanos podem fazer melhor? O júri ainda está fora disso. Mas até agora, os sinais dizem que, como um grupo, nos falta a capacidade de nos organizar efetivamente contra desafios grandes e complexos. Especialmente se isso exigir que escolhamos viver uma vida com menos. Estamos simplesmente muito viciados em ter mais.
Não podemos continuar a descer essa ladeira.
Porque no final dessa ladeira há não apenas colapso econômico. O que estamos falando é literalmente o fim dos Estados Unidos da América.
Ao longo da história, grandes sociedades foram erguidas pela ganância, indolência, corrupção e preguiça, e os EUA estão seguindo exatamente o mesmo caminho. Se os EUA quiserem sobreviver, uma cirurgia de emergência é necessária, mas neste momento ninguém está cuidando do paciente que está morrendo.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês da revista pentecostal Charisma: Is America Committing Suicide With the Skyrocketing National Debt?

29 de janeiro de 2015


A bomba relógio da dívida dos Estados Unidos


A bomba relógio da dívida dos Estados Unidos

Stephen Moore
Desculpe, mas o problema que vou mostrar não dá para ninguém culpar num dos dois grandes partidos dos EUA. Sim, o presidente Barack Obama tornou o problema muito, muito pior, mas a verdade assustadora é que a dívida nacional dos EUA continua aumentando implacavelmente não importa quem ou qual partido esteja no governo dos EUA. Essa é a nova lei da política americana.
“Na Dívida Confiamos”
Quando cheguei pela primeira vez a Washington no início da década de 1980, a dívida estava em torno de 2 trilhões de dólares. Nesta semana, 30 anos e cinco presidentes depois, a dívida excedeu pela primeira vez 18 trilhões de dólares. Nos últimos 40 anos — com exceção de apenas 4 anos —, os EUA estão no vermelho.
Isto é $18.000.000.000.000. Todos sabemos que 18 milhões é muito dinheiro. Mas, nesse caso, é 18 milhões de dólares vezes outro milhão. Esse número é tão gigantesco que não vamos compreendê-lo nem conseguiremos compreendê-lo.
Muitos americanos dizem:
·         Por que se preocupar?
·         Devemos essa dívida para nós mesmos.
·         A poderosa economia americana é grande o suficiente para absorver essa dívida.
·         Os EUA foram construídos em dívida.
·         Não existe melhor época para tomar emprestado do que quando as taxas de juro são as mais baixas em 40 anos.
Algumas dessas afirmações têm alguma verdade. Com certeza, os EUA têm uma economia de quase 18 trilhões de dólares, mas o problema da dívida está aumentando mais do que a economia.
Só nos últimos sete anos — o último ano do governo de George W. Bush e os primeiros seis anos do governo de Obama — a dívida aumentou cerca de 7,4 trilhões de dólares — 10 vezes mais do que toda a dívida que os EUA tiveram em seus primeiros 200 anos de história como nação.
Minha opinião é que a dívida que o governo faz nem sempre é inerentemente má. A sabedoria de tomar emprestado depende do modo como se usa o dinheiro:
·         Os EUA tomaram emprestados trilhões (no dólar de hoje) para ganhar a 2ª Guerra Mundial. Com certeza valeu a pena.
·         Os EUA tomaram emprestado outro 1,8 trilhão de dólares durante os anos Reagan para financiar medidas para ganhar a Guerra Fria e reconstruir a economia privada com cortes de impostos, claramente beneficiando gerações futuras, de modo que assumissem parte das despesas.
Mas o que os EUA compraram com a maior parte de sua dívida nas últimas duas décadas é um Estado assistencialista maior e mais expansivo. Quase metade dos lares americanos, de acordo com a agência de recenseamento dos EUA, recebe ajuda financeira do governo ou um benefício direto do governo hoje. Mais de um terço dos lares americanos recebe algum tipo de benefício governamental sem trabalhar.
Obama chamou essas políticas, que envolvem gastar e tomar emprestado, de “estímulo.” Será mesmo?
O que é que as dívidas do governo de Obama mostram? O escândalo Solyndra. Quarente e seis milhões de bolsas-família. O colapso do sistema de saúde público de Obama. Etc.
Esta é uma das primeiras vezes na história americana (a era pós-Guerra do Vietnã é outra) em que os EUA abriram as comportas de empréstimos numa época em que o orçamento de suas forças armadas tem sido cortado de forma drástica.
Eis a maior preocupação com uma dívida de 18 trilhões de dólares: O que acontecerá se/quando as taxas de juros voltarem a subir?
Resposta: esse é o equivalente econômico da opção nuclear.
Cada aumento de 1 ponto de percentagem faz com que o déficit dos EUA aumente em mais que 1 trilhão de dólares durante 10 anos. Então um aumento de ponto de base de 300 em índices — nada mais que uma volta à normalidade — significaria cerca de 5 trilhões de dólares em déficits federais.
Se isso acontecer, os custos de manter a dívida crescem astronomicamente e os pagamentos de juros se tornariam o maior item de despesa no orçamento. Os americanos começam a pagar mais e mais impostos só para financiar os empréstimos que tomaram no passado.
Foi isso o que aconteceu na cidade de Detroit; olhe o resultado final: Detroit hoje é uma cidade falida.
Talvez essa bolha não vá estourar. Os americanos precisam orar para que não estoure. Se estourar, o colapso imobiliário de 2008-2009 vai parecer piquenique em comparação.
Os políticos acham que estão trapaceando aqui, mas a vasta maioria dos americanos sente que a economia está na direção errada em grande parte por causa dessa bomba relógio de dívida.
Esse quadro explica por que as políticas de Barack Obama foram totalmente destroçadas durante as eleições do Congresso dos EUA em novembro passado. Uma grande nação não registra contas não pagas mês após mês, ano após ano, década após década. O bom senso básico dos americanos lhes diz que não dá para se manter no caminho da prosperidade à custa de empréstimos e dívidas.
Oh, e os EUA continuam tomando emprestado um trilhão de dólares por ano. Então, a dívida provavelmente atingirá 20 trilhões de dólares em algum momento antes de 2018. Vai ser difícil os EUA terem dias melhores.
*Stephen Moore é o principal economista da Fundação Heritage.
Traduzido por Julio Severo do artigo da CBN News: The United States of Debt: A Ticking Time Bomb

sábado, 1 de setembro de 2018

                         Se Liga Brasil 

Temos que eleger Jair Messias Bolsonaro Para Presidente no Primeiro Turno.

Vamos conclamar as pessoas de bem a votarem em Bolsonaro 17. 

Veja abaixo os principais motivos para voce votar em Bolsonaro: